15 de jan. de 2013

Preconceito


Olá sonhadores...

Um amigo virtual meu, que não vou citar nome, foi expulso da casa da avó por colecionar dolls e por ser homosexual.
Então eu me perguntei: A que ponto chegamos?
Vivemos em uma sociedade hipócrita, que tanto diz para respeitar as diferenças, que é “ser diferente é normal” e tal. Mas e na prática?
Eu, que sou otaku e colecionadora de groove dolls assumida, já escutei muita piadinha e ofensa por aí, de gente que posta no facebook que quer ser respeitada! Por favor, né? Se é preconceituoso, pelo menos assuma ao invés de ser hipócrita! Ou pelo menos fique quieto mesmo!
Graças à pessoas assim, hipócritas e preconceituosas, que nossa sociedade está assim. Por que não somos capazes de aceitar que pessoas que tenham conceitos, gostos e crenças diferentes das nossas, pensando sermos superiores. Existe outra explicação para países em guerra? Ou que estão na miséria?
Não estou sendo hipócrita. Eu NÃO sou preconceituosa, mas já fui. E sabe quando foi? Quando eu sabia que gostava de animes, que era fanática pelo Japão, que queria comprar minha primeira pullip, mas eu não me aceitava, tinha vergonha de mim, escondi tudo o que sentia e criei uma máscara para me tornar igual à todas as minhas colegas: Comecei a comprar revistas de fofoca, usar roupas fora do meu estilo, assistir Rebelde BR, ouvir Justin Bieber e tal. Dá pra acreditar? Eu me obrigava à gostar de tudo isso só pra ser aceita por elas.
E eu criticava funkeiro, pagodeiro, gay, nerd, e até otakus. Eu ilusoriamente pensei ser mais do que quem pensava diferente de mim. Mas olha só: Eu tinha preconceito até por mim mesma. Eu era a pior de todos que eu criticava para amenizar minha frustração.
Mas um dia eu estava passando os canais pra assistir o top 10 da MTV por que minhas amigas assistiam. Mas ao passar pela Rede TV!, me apertou o coração. Estava passando Pokémon, e logo depois Dinossauro Rei, ambos eram animes. Então eu botei a mão na consciência e pensei: “O que eu estou fazendo?”.
Deixei naquele mesmo canal, assisti tudo, que sem mesmo nem perceber, eu abri um leve sorriso. Depois que acabou, fui para o meu quarto, guardei as revistas de fofoca e arranquei os pôsteres de Restart e Luan Santana e enfiei tudo numa caixa. Depois, assisti um episódio de K-on! que eu tinha baixado à muito tempo no meu computador. Me senti feliz como não me sentia fazia tempo. Eu ria espontaneamente. Uma semana depois, comprei meu primeiro volume de mangá, logo adquiri figuras de ação de Lucky star, e então veio a primeira pullip.
Naquele dia em que esqueci do tal Top 10 e assisti Pokémon, eu percebi que eu só iria ser feliz plenamente depois que assumisse quem eu era, depois que me aceitasse. Pois somente depois que eu me aceitei, que eu fui capaz de ser aceita. Não por todos claro. Mas por que se aceitou também. E eu aprendi a aceitar, compreender e respeitar, sem nenhum resquício de preconceito. Agora eu era feliz, pura, leve. E percebi que todos, por mais diferentes que fossem de mim, eles se sentiam como eu me sentia depois que se assumiram. E felicidade é algo maravilhoso e todos merecem!
A solução do mundo está dentro de cada um, se aceitem. Pois só assim você vai aceitar o próximo e conquistar respeito. Vamos espalhar felicidade?
Se é otaku, assuma.
Se é gay, declare seu amor.
Se é nerd, se orgulhe.
Se é funkeiro, rebole até o chão.
Se é pagodeiro, sambe até doer os pés.
Ninguém é mais que ninguém, lembre-se disso. Não importa a raça, a cor, o gosto, a mente, a história. Somos todos seres humanos imperfeitos, buscando sempre ser aceitos de alguma forma. E lembre-se: Busque ser aceito na sua forma verdadeira, ninguém respeita uma máscara.



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